sexta-feira, 22 de abril de 2011

Aguas passadas não movem moinhos

Vou deixar-me de filosofias baratas. De chorar baba e ranho se me dão um empurrãozito que me desvia apenas uns centímetros do meu caminho. Tenho a régua estragada, meço metros em vez de centímetros. Aprendi que para ser feliz tenho que fazer sacrifícios. Lutar. Abdicar. Suportar. Curar. Recompor. Aprendi que o mundo não é como nós queremos que seja. Que não é só a bonança que vem a seguir à tempestade. Também funciona ao contrário. Que, se pedirmos um desejo a uma estrela cadente, ele não se realiza apenas pela força com que o pedimos. Que não há nenhum pote de ouro onde o arco-íris começa. Que o mal só acontece aos outros. Que não há anjos da guarda. É isto. Filosofias baratas.

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