segunda-feira, 26 de julho de 2010

Super Woman

Já eras pensamento estúpido, desapareceste e eu deixei de me alimentar de ti. Venci-te como sempre soube que, mais cedo ou mais tarde, aconteceria. Habitavas em mim, cada recanto do meu cérebro pertencia-te, agora partiste e, se o que esperas de mim é sinceridade, não tenho saudades tuas. Sei que não voltarás, quem domina agora sou eu, não tu. Pensavas que me dominarias sempre mas, estava só à espera do melhor momento para te atacar, cortei-te as asas e não pudeste fugir enquanto te matava, lentamente, para que sentisses na pele a dor do sofrimento que me causaste. Foi fácil apoderares-te de mim, não foi? Tomares a minha cabeça por completo e afastar-me do que me rodeia. Quero que saibas que mais fácil foi acabar contigo, fazer-te em pedaços e vencer, como sempre vencerei. Peço desculpa por não ter avisado logo de início que sou uma vencedora e não seria complicado dar cabo de ti, destruir-te. Desculpa se dei a entender que te podias apoderar de mim e fazer o que quisesses, não seu pensamento inútil, não sou uma fraca daquelas que consumiste antes de me conhecer e, por isso mesmo te matei. Pensavas ser uma espécie de super-homem mas logo por azar vieste bater à porta errada porque, se tu te julgas um super-homem, eu digo-te com toda a certeza que sou uma Super-Mulher. Nunca pensaste, pois não? Devias ter-me conhecido melhor primeiro, comigo é assim, eu venço sempre, seja qual for o tamanho da barreira. Estava indefesa quando me atacaste, não eras assim tão burro, apesar de o seres. Poderia ter-te ensinado que a primeira impressão está sempre errada mas não mereceste. Obrigado, a ti e a tantos outros como tu, por fazerem de mim o que hoje sou, uma vencedora.

Adeus pensamento, acabaste por morrer e, quem te matou fui eu.

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