quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Eclipse

Olhei-o fixamente nos olhos, tentando decifrar a emoção que estava por baixo da superfície. Ele também me olhou e a pretensão de ser casual desvaneceu-se subitamente. Brilhava – o seu rosto angelical refulgia de alegria e triunfo. Era uma visão tão gloriosa que me deixou sem fôlego.
Antes de conseguir recompor-me, Edward beijava-me com os seus lábios exultantes. Quando se afastou para me falar ao ouvido, sentia a cabeça a andar à roda; mas a sua respiração parecia tão transtornada como a minha.
- Sim, gosto muito. Não fazes ideia de quanto.
Dei uma gargalhada, ofegando ligeiramente.
- Acredito em ti.
- Importas-te que faça uma coisa? – murmurou, apertando-me nos seus braços.
- Tudo o que quiseres.
Mas ele largou-me e deslizou para fora da cama.
-Tudo menos isso – queixei-me.
Edward ignorou-me, pegando na minha mão e levatou-me da cama. Colocou-se em frente a mim, com as mãos nos meus ombros, muito sério.
-Entao, so quero fazer isto como deve ser. Por favor, por favor, lembra-te que já concordaste com isto e não dês cabo do meu momento.
- Oh, não – arfei, enquanto ele colocava o joelho no chão.
- Sê simpática! – resmungou.
Inspirei profundamente.
- Isabella Swan? – e olhou-me através das pestanas extremamente longas, com um olhar dourado suave, mas de algum modo ainda incandescente. – Prometo amar-te para sempre, todos os dias da eternidade. Aceitas casar comigo?
Havia muitas coisas que gostava de lhe dizer, muitas delas pouco simpáticas e outras tão lamechas e românticas que ele provavelmente nem sequer sonhava que eu seria capaz de as dizer. Em vez de me envergonhar com qualquer uma, murmurei:
- Sim.
- Obrigado – agradeceu simplesmente.
Pegou na minha mão esquerda e beijou a ponta de cada um dos dedos, antes de beijar o anel que agora era meu.

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