segunda-feira, 31 de maio de 2010

Amanhecer

"Não tenhas medo - murmurei. - Pertencemos um ao outro.

De repente, senti-me esmagada pela realidade
das minhas próprias palavras.

O momento era tão perfeito e verdadeiro,
que não havia forma de o negar.

Os braços dele rodearam-me
apertando-me contra si...
Uma corrente eléctrica pareceu
percorrer cada extremidade
dos meus nervos.

- Para sempre - confirmou ele."
Amanhecer - Stephenie Meyer

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Saudade

Quando a saudade aperta, temos tendência a ir buscar momentos que guardámos com grande carinho no nosso coração. Quando a saudade aperta, sabemos que sentimos falta de algo, algo que mudou as nossas vidas. Pode ser um poema, uma musica, um amigo. Quando a saudade aperta, não sabemos para onde nos havemos de virar, o mundo fica ligeiramente mais pequeno, tudo perde a cor e o coração bate devagar, há um aperto cá dentro. Vêm á cabeça visões felizes, recentes ou não, momentos que não foram apagados. São aqueles momentos que mesmo passados anos não se apagam, que a mente não esquece o corpo pede que se repita, mais uma vez. É preciso tempo e valor para sentires saudades de alguma coisa, e quando a sentires, vais querer que pare, vais querer aquilo que perdeste, aquilo que antes sentiste seguro e que agora parece que está tremido. Só sentes saudades quando o tempo passa, quando o mundo muda. Não tem mal nenhum sentir saudades, o problema é quando não consegues parar de pensar nelas. A saudade, nem sempre é boa.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Velho Desabafo

As pessoas nunca são o que pensamos ou esperamos, surpreendem-nos sempre. As vezes, essas surpresas desiludem-nos porque gostamos demasiado, outras vezes nem ligamos… dessas vezes significa que as pessoas não eram assim tão importantes como pensávamos serem… Afinal, todos nós conseguimos viver sem alguém mas difícil é viver sem pessoas de quem aprendemos a gostar, pessoas com quem passamos bons momentos e que nos fizeram rir, muitas vezes que pensávamos não ser capaz…
A essas pessoas que nos fazem sentir bem, e que nos surpreendem e nos deixam tristes quando nos desiludem, eu chamo de amigos, não amigos daqueles que vão e vêm como o vento, amigos verdadeiros, com quem podemos sempre contar… A esses sim podemos chamar verdadeiros amigos, porque são capazes de nos dar força quando precisamos dela, e de nos criticar quando precisamos de ser criticados, amigos que ficam desiludidos connosco quando fazemos algo que não estava certo e que, de certa maneira os magoou.
Amigos assim não há em todo o lado, e quando os encontramos, desiludimo-los da pior forma possível… sempre foi assim e sempre será… mas se realmente existir amizade tudo acaba por passar, e a amizade permanece…
Mas e então quando o nosso erro é grave demais para ser perdoado? Ou então simplesmente a pessoa que magoamos não nos quer perdoar? Por orgulho? Para não mostrar a “parte fraca” que todos nos temos? Seja qual for o motivo, o nosso erro não tem desculpa aos olhos dos outros….
E se as pessoas que pensamos ter magoado não gostarem de nos como pensávamos? Ai quem sai mais desiludidos somos nós, que sempre pensamos ter magoado alguém que gosta de nós e afinal tudo não passou de uma história criada na nossa cabeça… Ai, tudo aquilo que fizemos, a pensar ser o correcto e que magoaria menos os outros, foi em vão… Nesse momento, passa-nos na memória tudo aquilo que fizemos, e mais do que nunca pensamos se fizemos a coisa certa, neste momento a única pessoa magoada e desiludida somos nos, nos que sempre fizemos tudo para proteger quem nos magoou…
Quanto mais pensamos mais duvidas temos… mais perguntas sem resposta se fazem na nossa cabeça, nada parece fazer sentido, damos por nos a pensar no mesmo 24h por dia… Primeiro pensávamos ter sido nos a cometer o maior erro, depois já não é bem assim… mudamos de opinião todos os dias quando acordamos de manha, e nunca temos ninguém que posso tirar algumas das nossas maiores duvidas... Porque? Perguntas sem resposta, para sempre…
Neste momento, nada esta certo na minha cabeça, tudo parece não fazer o menor sentido… eu errei sim, então e tu? Julgas-me pelo meu erro, mas não acredito que tudo o que dizes seja sincero, já acreditei mas agora não, não sou capaz, tu não o mostras, não consigo por mais que queira… e hoje eu arrependo-me de alguma coisa que tenha feito a pensar mais nos outros que em mim, daqui para a frente vou pensar em mim antes de pensar nos outros…
Mas então e depois? Seguimos em frente? Ou tentamos remediar os erros que cometemos? Vingar ou seguir em frente sem pensar no passado? Sinceramente não sei…
Cada um deve fazer o que acha melhor para si, já pensamos demasiado nos outros, e com isso só nos magoou a nós… pelo menos é o que pensamos, pode não ser o certo, mas é a maior certeza que temos…
Só quero saber uma coisa, das milhares de perguntas que tenho… Nunca erraste?






« Velho desabafo, mas dos mais sinceros.» 13 de Janeiro de 2009